Consórcio Inframérica vence leilão de aeroporto São Gonçalo do Amarante

22/08/2011
Do portal G1

O Consórcio Inframérica, formado pelo grupo Engevix e pelo argentino Corporación America, apresentou proposta de R$ 170 milhões e venceu nesta segunda-feira (22) o leilão que concedeu ao grupo o direito de construir, manter e explorar o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. O consórcio foi representado no leilão pela corretora BES Securities.

No total, quatro consórcios participaram do leilão, realizado na BM&FBovespa, em São Paulo.

A proposta do consórcio Inframérica teve ágio de 228,82% sobre o valor mínimo estipulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e superou a do principal concorrente, Consórcio Aeroportos do Brasil, que ofereceu R$ 166 milhões (ágio de 221%) pelo direito de realizar a obra.

Segundo José Antunes Sobrinho, do grupo Engevix, o Corporacíon América, seu sócio no consórcio vencedor do leilão, opera 46 aeroportos no mundo. De acordo com a assessoria de imprensa na Anac, a empresa opera também todos os aeroportos concedidos ao setor privado na Argentina.

A previsão é de que o investimento necessário na construção e realização de São Gonçalo do amarante seja de R$ 650 milhões.

Obras da Copa

De acordo com a Anac, São Gonçalo do Amarante é o primeiro de uma série de aeroportos a serem inteiramente concedidos para o setor privado no atual modelo de concessão praticado pelo governo, que busca preparar a estrutura aeroportuária para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Brasil.

O projeto do aeroporto de São Gonçalo de Amarante está previsto há mais de 14 anos, mas ganhou fôlego com as obras da Copa de 2014.

Segundo a Anac, o vencedor tem prazo de três anos a partir da assinatura do contrato para concluir a obra. Como a assinatura está prevista para novembro desse ano, o prazo termina após a Copa de 2014. A expectativa da Anac, no entanto, é de que o consórcio vencedor consiga antecipar as obras para atender ao evento.

José Antunes Sobrinho, do Engevix, não deu garantias de isso acontecerá, mas afirmou que é a intenção da empresa tocar as obras no ritmo “mais rápido possível, porque o nosso interesse é aproveitar o pico de demanda”, disse em coletiva após o leilão. O executivo também assegurou que, apesar do forte ágio pago no leilão em relação ao preço mínimo (228%), o aeroporto de São Gonçalo do Amarante é um negócio rentável para o grupo.

“Estamos absolutamente confortáveis com o ágio que estamos pagando hoje”, disse Antunes Sobrinho.

O grupo Engevix controla quatro empresas: a Engevix Engenharia,a Desenvix Energias renováveis S/A, a INfravix Empreendimentos S/A e a Ecovix/Engevix Construções Oceânicas/S/A.

O prazo para exploração do aeroporto pelo consórcio vencedor é de 25 anos, e o contrato poderá ser renovado por, no máximo, mais cinco anos, quando o aeroporto retornará ao poder público. A previsão é de que o tenha movimento de 3 milhões de passageiros em 2014; 4,7 milhões em 2020; e 7,9 milhões em 2030.


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